Por Will
Imagine uma brincadeira de Cobra-Cega, sem poder enxergar, querendo tocar nas pessoas, mas as mesmas fugindo, as palavras que saem de suas bocas são para tirar sarro, ou limitam-se ao silêncio, apenas tentam manter uma distância segura.
Imagine uma brincadeira de Cobra-Cega, sem poder enxergar, querendo tocar nas pessoas, mas as mesmas fugindo, as palavras que saem de suas bocas são para tirar sarro, ou limitam-se ao silêncio, apenas tentam manter uma distância segura.
Esta é uma brincadeira de criança, bastante inofensiva e divertida até. Mas quem já sofreu com uma situação parecida na vida real, e participa do clima do parágrafo acima, pode sentir o terror que é sofrer com esta “anomalia” do ser humano, a xenofobia. De uma maneira bem simplificada, podemos entender xenofobia como um medo do outro, do diferente, do de fora, acontece muito com nós brasileiros, por exemplo, quando vamos para um outro país, normalmente europeu ou norte-americano, a visão que eles têm de nós, é uma visão generalizada, de que todos os brasileiros, agem, pensam, vivem, influenciados pelo mundialmente famoso “jeitinho brasileiro”, então sempre seremos ilegais, desonestos. Fazer negócios com latinos é correr um alto risco, resumindo, nos tornamos uma Persona Non Grata, naquele meio. Talvez isso aconteça, porque alguns de nós realmente mereçamos, mas como tudo na vida, não se pode generalizar, toda forma de preconceito é abominável, e é assim que deve ser.
O exemplo dos brasileiros no lado Norte de nosso planeta é só um dos muitos que podemos utilizar, pois isso acontece com mexicanos nos E.U.A, com africanos na Europa, e com muitos pelo mundo afora. Mas não podemos olhar para esse assunto como vítimas, pois nós também não somente sofremos com a xenofobia, mas ajudamos a disseminá-la. Vou dar um exemplo, que como paulista, vivencio todos os dias, a nossa fobia por nordestinos, que fizeram o seu êxodo rural, com promessas de grandes salários, e foram chegando por aqui durante a segunda metade do século passado, e vivenciando uma mentira, pois ao chegar, todos sabem que havia somente ouro de tolo. Isso acontece com todos os lugares, onde o ser humano habita, é isso que me revolta, somos da mesma espécie, e não aceitamos nossas diferenças, as pessoas não tem o hábito de se colocar na “pele” do outro, para poder saber como seria se estivesse passando por isso. Se 1/3 do mundo fizesse isso, incluindo a pessoa que vos fala, seria muito melhor para respirar por essas bandas.
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