quarta-feira, 9 de maio de 2007

“Bandidos ameaçam moradores de cidade onde caiu avião com R$ 5,5 milhões”


Por que às vezes eu assisto o telejornal e tenho a impressão de que não posso confiar em ninguém? Você também tem está impressão?


Se não tem dinheiro, é uma pessoa com um estilo de vida limitado, devido ao seu estado financeiro, então, luta para obter um padrão mais alto dentro da sociedade. Este “padrão mais alto” traduz-se “ter milhares, ou se possível, milhões na conta bancária”, não importa a família, amigos ou um emprego agradável, o que realmente interessa é o valor monetário.
Se já possui um poder aquisitivo já extravagante, luta para ter mais. Mas também não pode confiar em quase ninguém, há casos que nem em esposas, maridos e filhos, por exemplo. Como se vive assim? Não consigo nem imaginar.


É realmente o capital dominando o ser - humano, acabando com suas relações e assinando uma autorização para que a moeda domine sua vida. O pior é quando o dinheiro, além de tomar conta de sua própria vida, coordena a vida do outro, é exatamente onde passamos a desconfiar de tudo e todos.


Como neste caso do interior da Bahia, em que um avião carregando milhões caiu em uma fazenda, e agora a cidade, antes pacata, vive dias de terror. Ninguém pode erguer uma cerca, que todos desconfiam que foi utilizado dinheiro roubado do avião, além de sucessivas casas invadidas e pessoas torturadas por bandos a procura do dinheiro. É um exemplo clássico de como o capital destrói a vida de centenas de pessoas de uma só vez, no qual a maioria, nem viu a cor do avião.


Tudo bem, a população humana, sempre sofreu com sistemas que não deram certo, mas tiveram que conviver assim mesmo com eles. O capitalismo além de ainda não ser melhor sistema que os outros, ainda separa famílias, amigos e distancia ainda mais os inimigos, transformando o mundo em um lugar individualista, pois TUDO gira em torno de um valor monetário, não importa a quantia, qualquer dia eu ou você, podemos morrer por R$ 5,00, em algum assalto, cobrança ou qualquer motivo banal, que nos acostumamos a ver em jornais ou esquinas de nossas casas.

“A burguesia rasgou o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares e reduziu-as a mera relação monetária. Transformou o Padre, o médico, o jurista, o poeta o homem de ciência, em assalariados por ela remunerados.”

Karl Marx

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